retalhos cerzidos

"eles passarão... eu passarinho"

Textos


Parece fabulação...
Quarta-feira, 4 de Janeiro de 2012 10:42
De: "Germino da Terra"
@yahoo.com.br>
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Para: "S."
@mar.com.br>
E eu, hein, eu pensei que sobre os dois bilhetes ao seu Queridíssimo, S., pensei que você me escreveria, teria o que falar (e também sobre a[s] aurora[s] com o Computa-Pau-Marrom). Tá descortinado faz mais de mês! Mas sei que sabe que se editasse, eu tendo as cópias do original, teria como checar.
  Tão idiota, ansioso eu aguardei que fosse possível de você me escrever falando que li tudo trocado, convicta d’eu acreditar na mentira por verdade. Mas não, se suspendeu. Nem nada. Tem razão, sou um tremendo panaca. Falando ao vivo, sim, facilmente poderia me engambelar, como sempre fez, mas por escrito...
  Aliás, como assim faz com a empregada da casa (embora doméstica ausculte até o útero da patroa), como faz com o empregado (ele sabe das coisas e, esperto, esgueira-se), como faz com seus filhos (sobre mãe, filho se auto-engana), como faz com a secretária da clínica (esta se finge de cega-surda-muda, mas percebe tudo), como safo você faz com todos estes e com todo mundo...
  Pra algumas pessoas eu mostrei o seu, S., ridículo e-mail com o assunto titulado Não consigo o título (boboca), de 28 de novembro: preciso te dizer e deixar registrado, que você está cometendo a maior injustiça da sua vida. Embora alguns fatos indiquem claramente para o norte em que hoje você acredita...”, ... é muito difícil imaginar que você, Germino, esteja fazendo um julgamento SOBRE MIM, equivocado e injusto”, blablablá. E elas, as pessoas: A mulher é tão centrada nela mesma que se refere com caixa alta. Além de ela se fazer de vítima, isso aqui não diz nada. E os tais bilhetes em si: num, faceira faz uma canhestra biografia do poeta Carpenejar, por fim convida o tal Queridíssimo a “juntinhos” o lerem; noutro, historia tempos de safadeza, debocha do pai dos filhos dela, de você, das mulheres do cara e, se vangloriando de nunca terem sido desvelados, encerrando diz “estou voltando para o meu amor”, você, o babaquara, e, com fecho de ouro sinaliza q’ele continuará sendo o seu, dela, eterno amante. Isso pouco depois de te propor que voltassem a viver juntos. É muito cara-dura! Porra, Germino, tu se safou duma tremenda esparrela! Não fosse o acaso de você “invadir a privacidade” da calhorda... E ela ainda te mandou essa, que você invadiu?! Que alívio, hein! E ainda burla o Imposto de Renda te colocando como seu dependente! Sobre isso, deixa comigo... É, pra vocês verem. Por dezesseis anos, desconhecendo vivi numa arapuca e tanto — nesse tempo, que não é curto, ela invade o meu sentimento e rouba-o! Eu teria lido os dois bilhetes de maneira tão equivocada só se fosse, como se diz, um letrado analfabético.
  Parece fabulação, mas não, é real. A você, S., eu me desnudei, por inteiro expus a minha intimidade, como nunca a alguém; no entanto, de você, S., nada sei... ou sei o ruim da coisa, por que, do resto, é pura atuação. Sei só como posa de dotôra com “sobrenome a zelar” na região. Aí a comparo a quem se metida a “transgressora” MST — filhote de sedutora engambeladora é —, embate alheios latifundiários, e assim goza. Não goza nos duzentos alqueires da Igapiroca do Tio B.. Lá é perrengue. Ai, ali dói, eu tenho um nome... Iiih, que Francisco Julião e Ligas Camponesas, Paulo Freire, que nada, isso já era e nem é mais fashion nas rodas esquerdizantes da Lapa, tá ligado! Ah, deixa pra lá, aqui na Serra Azul eu curto é papo-de-varanda! Jogo conversa fora, vamos combinar, desregro num sei o quê... Nem sei. Assim como a mamãe, ser dúbia é bão demais...
  Por fim, por acaso agora sei sobre os seus, S., segredos e mentiras. Sei, s’eu vasculhar mais, nossa, quanta coisa sai deste poço!
  Detrás, atrás de si, S., escamoteia a ninfômana que é, e com carismática metromania arrebanha panacas iguais a mim! Lá pra trás, de você Hélio Peregrino não deu conta; hoje, Carlos André, nem. Quem sabe o ídolo dos dois, Freud, daria? Ou a ele, embrulhada de vermelho, você se daria?! Sei não...
  Sabe, eu até tenho certa pena de seu segundo marido, o A., quem acho um chato-arrogante-prepotente. O cara deve ter sofrido pra daná!  
  De todos os momentos q’eu dignamente vivi contigo, S., desde o dia do “Magia & Carinho”, em 18 de agosto de 1995, até agora, 17 de novembro de 2011 — e nesse meandro se entremearam tantas coisas que, ah, as deixo pra lá —, de todos esses momentos, os “bons” e os ruins, TODOS, com tamanha repugnância eu nunca deslembrarei. Nem dá, deles exala podres odores.
  Germino
  Em tempo: somente hoje, terça 3, que de ontem (talvez linhas entupidas pelas festividades), que pelo celular recebo a sua trôpega mensagem, ipis litteris: “Germino nao tive ciondcoes soib nenhum aspecto de te escrever. S.”. Imagino qual o aspecto. Eu, Germino, te pergunto: em mês e meio não teve “ciondcoes”, não sobrou espaço algum de sobriedade pra, aprumada, se explicar, hein, S.?! Chamo isso dum puta descaso! Quem de verdade quer, faz as condições acontecerem.
  Quando lá pra trás começo a escrever sobre a coisa, encagaçada do podre vento se espalhar, por e-mail me envia letras vagabundas com uns ais, diz que desentendi o que li, não diz o quê e faz-se de vítima. Ora, vá à...
  A primeira coisa que indignado escrevo sobre o desvelado, me dirigia ao L. e à E., quem eu achava que mereciam satisfações. Àquela época eu pensei em entregar, aos dois desnudar a mãe... Repensei e não o fiz. Passado mês e pouco e não se manifestou, num sei, mesmo que você já tenha regido as suas cabeças, me coço pra, duma vezada só, lhes enviar tudo que escrevi, pra lá de dez textos, e ainda anexar os dois bilhetes que escreveu ao Queridíssimo B.. Só não tenho como comprovar sobre o Computa-Pau-Marrom, mas, como demonstrei, será difícil desdizer tamanho estúrdio.

Re: Parece fabulação...
Quarta-feira, 4 de Janeiro de 2012 21:47
De: "s. m."
@mar.com.br>
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Para: "Germino da Terra"
@yahoo.com.br>
Germino:
"... podre, velhaca, ninfômana, safada, farsante, desprezível, ardilosa, calhorda, repugnante", etc. Essa são palavras que deveriam ser escritas em vermelho, tamanha o susto, o desespero, a falta de paz, o horror que me provocam, a injustiça que realizam. Por conta delas, e muito mais, pensei muito em te escrever ou não. Por que e para que, escrever a uma pessoa tão danosa, que me faz tão mal, que me quer tão mal??  Que pensa e sente estas coisas a meu respeito? Pra que? Por quê? As palavras que eu escrevi em vermelho, não me lembro, mas provavelmente faltava tinta preta, já que não gosto de textos escritos em fontes coloridas.
 
De verdade, eu acho mesmo que deveria manter o meu silêncio, respeitando a não-violência que tanto tento aprender com figuras que respeito e admiro como Dalai Lama e Gandhi. Talvez fiosse esse o meu melhor. Mas, é o próprio Dalai Lama que afirma que você tem sim, o direito a se defender das agressões externas. Estou sendo agredida injustamente há mais de um mês. Pior, estão publicando estas agressões na internet, divulgando, cuspindo para o mundo, destruindo a intimidade e o respeito com que esse assunto deveria ser discutido.
Mas, em minha defesa e, em nome da verdade, tentarei falar algumas coisas. Não vou reler, porque já estou enjoada em estar escrevendo.

Primeiramente quero deixar registrado que no dia  e no dia seguinte que você leu meus 2 textos no computador, busquei você, tentei fazer contato, quis conversar, e você como resposta só me chingou, me esculhambou, arrasou com a pessoa que sou, com a mulher que sempre fui e etc etc etc.. Então, foi você que não quis conversar comigo quando as coisas aconteceram. Desisti, devido ao nível das agressões, em fazer contato.

Vamos aos fatos:
 Conheço há 30 anos o meu amigo B.. Estivemos ao longo desses 30 anos, fases muito longe um do outro, outras em que estivemos mais próximos, especialmente, nos últimos 3 anos, em que nossa amizade se solidificou, crescendo e dando frutos, junto aos filhos, outros amigos e afins.
Tive ao longo desses 30 anos, dois momentos, numa mesma semana, de maior intimidade com ele. Nesta semana, eu e você Germino,  não estávamos juntos. Não foi quando ele começou com a M. Foi num outro momento, quando estávamos separados ou distanciados, numa das inúmeras vezes que isso aconteceu.

Tire o A. dessa história porque fomos amigos, os 2 casais, e nunca houve nenhum interesse de ninguem nesta época. Vivi muito bem com o A. durante muitos anos. Ele é o pai de meus 4 filhos, a quem sempre respeitei, e amei. No último ano de nossa pacifica convivência decidimos nos separar. Nunca tive nenhum motivo, nem desejo de estar com ninguem, enquanto estive com ele.

Tire o Computa, conhecido seu, me apresentado por você, e com quem tive apenas situações pontuais, juntro com você, quando construiram meu computador e quando eu levava o meu PC à casa dele, ou quando ele  a minha casa vinha para me ajudar com o PC. Muitas vezes com você presente. Eu não tinha, nem ele, não tivemos, nenhum tipo de desejo explícito ou implícito. Uma amizade simples e objetiva. Você, patologicamente, não consegue entender que duas pessoas de sexos diferentes, possam passar uma noite, trabalhando, conversando e tomando cerveja. Machismo primário.  Acho você um carrasco impiedoso quando envolve esta pessoa tão boa, tão honesta, sob todos os aspectos nessa maluquice. Tenho vergonha por você.

Concordo que lendo o que você leu, eu tambem ficaria assustada, estarrecida e emputecida. Concordo.

Quanto a palavra "queridíssimo", você que conviveu comigo durante tantos anos, sabe muito bem a forma carinhosa e afetuosa com que me refiro às pessoas que gosto muito. Queridíssimo é pouco. Tem "meu anjo", "meu amor", "minha linda", "queridona",  "lindão" e até "meu gato".

A cegueira de sua dor, que procuro entender e não consigo, não te deixou entender o que de verdade quis dizer naquele bilhete: VOLTO, VOLTO, VOLTO. Depende de você acreditar nesta verdade (da época)  e no fato deste bilhete nunca ter sido entregue. Não foi.Teria sido uma confidência entre amigos, jamais uma despedida. Despedida do que nunca existiu? Como amigos que somos, falei com o B. pessoalmente, que havia decidido, tentar mais uma vez
voltar a você.

O que disse ser eterno, continua sendo: nossa  amizade, construída e mantida de forma muito especial. E o especial pode ser eterno.

Penso que talvez tenha me traído com muitas pessoas amigas, que distanciei e reprimi, porque você não as aceitou ou vice e versa, como você prefere. Recuperei todas elas, uma a uma, apesar de tudo.
Pare de fantasiar e viver em pesadelos que não existem. A vida já é muito dura e complicada como ela é.

Fui verdadeira com você, te amei demais por tempo demais. Fui honesta e fiel a esse sentimento. Essa é a verdade. A única.
Acho que você precisava de uma grande dor, uma destruição, uma fresta na rocha que éramos, para poder seguir em frente sem olhar pra trás. Sigue sem mprecisar desta invenção.
Foi um amor imenso e inesquecível.
Essa capacidade de amar nos pertence. Dedicamos, ou não, este imenso amor, a quem quisermos.
Mas o amor, essa potência, é minha e é sua. Não é de ninguem.
S..
@mar.com.br>@yahoo.com.br>
Germino da Terra e S.M.
Enviado por Germino da Terra em 05/01/2012
Alterado em 06/01/2012
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